Depois de cinco dias de programação, a primeira edição nacional da Campus Party Brasil em Brasília chegou ao fim neste domingo (22), no Arena BRB Mané Garrincha. O encontro, considerado o maior do país no segmento de tecnologia, inovação e empreendedorismo, reuniu mais de 150 mil visitantes, movimentando a economia local e consolidando a capital federal como novo polo de eventos de inovação.
Com apoio do Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti-DF) e da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), a Campus Party dispôs de uma estrutura de duas mil barracas de camping, 20 mil participantes circulando na Arena e milhares de visitantes na Arena Open, espaço com acesso gratuito à população.
O secretário-executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação, Alexandre Villain, ressaltou que o Distrito Federal acompanha as transformações tecnológicas que ocorrem no país. “Os outros estados de fato têm a sua importância, mas Brasília já virou a capital da tecnologia no Brasil, então nós estamos muito felizes de estar com a comunidade vendo esse processo acontecer com a primeira edição da Campus Party Nacional em Brasilia”, declarou.
O evento também contou com mais de 500 palestrantes, além de experiências interativas, exposições tecnológicas e desafios de programação. Entre os destaques estão os hackathons promovidos pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), que atraíram mais de 700 participantes em busca de soluções tecnológicas para o setor.
Talentos conectados
“O sucesso da 17ª edição da Campus Party Brasil no Distrito Federal reforça a importância de levar o maior festival de tecnologia do país para Brasília, um centro estratégico de inovação e política pública”, resumiu o idealizador da Campus Party, Francesco Farruggia. “É um orgulho conectar pessoas, talentos e ideias em um lugar que pode influenciar o futuro tecnológico do Brasil.”
Para Farruggia, a edição nacional em Brasília foi um marco para aproximar ainda mais a população de temas ligados ao futuro da tecnologia e à construção de políticas públicas inovadoras. “Além disso, o Fórum do Marco Regulatório de Inteligência Artificial mostrou como a discussão sobre a regulamentação da IA é essencial para garantir avanços responsáveis, seguros e inclusivos para toda a sociedade”, avaliou. “Nosso papel, enquanto Campus Party, é justamente criar pontes e garantir que a sociedade civil esteja presente e ativa nesse debate, ajudando a construir políticas públicas mais conectadas com a realidade”.
O psicólogo Marcelo Viglioni, morador de Taguatinga, marcou presença no último dia da feira. Para ele, é importante ter iniciativas como essa para despertar o interesse dos jovens pelas áreas de tecnologia e inovação. “Meu filho esteve aqui com a escola, gostou muito e pediu para voltarmos hoje”, relatou. “Hoje é ele que está me guiando pelos estandes de que mais gostou. Estou achando tudo muito organizado, com muita opção de atrações. Eu trouxe ele mais para incentivar o seu lado vocacional. Desde cedo, ele gosta de matemática, computadores e jogos. Trazer ele aqui é também estimular em um futuro na área de TI, games ou software”.