“Corra o risco de ser considerado louco: vá visitar os ipês”

Eu não me atreveria a ignorar um conselho desse, de Rubem Alves, ainda mais trazendo uma provocação que eu adoro: Correr o risco de ser considerada louca!

A cada nova floração e a cada nova cor que surgia nos horizontes de Brasília, eu sentia que a sazonalidade dos ipês acompanhava a sazonalidade da vida e trazia lições. Surgiam em silêncio, gratuitamente, sem dar avisos. Aguçavam a sensibilidade de quem passava. Fotógrafos profissionais tiravam seus dias fazendo fotos caprichosas. Então, os ipês perdiam suas pétalas rapidamente, em questão de poucos dias. Quem viu, viu. Quem não viu, vai ter que esperar a próxima floração!

Na internet, as pessoas se adiantavam: “Onde estão esses ipês?”, “Os ipês ainda estão floridos?”, “Será que dá tempo de ir ainda?”. Queriam compartilhar da mesma loucura.

A questão é que visitar os ipês é um convite para parar no meio da rota. Você certamente os verá em algum momento, no caminho para o trabalho ou para casa. Eles ficam assim, casualmente, enfeitando a nossa rotina. A habilidade de parar, porém, requer uma disposição especial.

A minha primeira visitação, no meio de junho, foi totalmente casual, uma sorte no meu dia. Passeando pelo eixão do lazer em um dia de domingo, encontrei um corredor de ipês-roxos na 110/111 norte, ao lado do Plaza Shopping. Alguns com as copas floridas, outros com as pétalas no chão. Nos dois casos, poético!

ipê-roxo

Me apaixonei. Decidi ali a visitar cada uma das florações que estavam por vir. Fiquei atenta às notícias do Portal Lago Sul, que anunciavam: a floração começou! E, lendo essas notícias, descobri que todos os ipês que nos encantam na cidade foram cuidadosamente plantados. Senti gratidão às pessoas que tiveram a generosidade de incluí-los nas nossas vidas.

Um mês depois, no meio de julho, surgiram os ipês-rosas! Naquele momento eu estava mais preparada que nunca! Contando com a delicada colaboração da fotógrafa Lorrany Estácio, fomos visitar os que ornavam a entrada do Planetário de Brasília. E eram muitos! Fui com o look na paleta dos ipês e esse foi o meu ensaio preferido até hoje!

ipês-rosas

Os ipês-amarelos não tardaram a surgir. Em julho mesmo, os encontrei vistosos entre o STJ e o TST, com o adendo de que tinham árvores de menor porte, proporcionando fotos mais coloridas. Acompanhando outras páginas no instagram, vi que estes também floriram aos montes em agosto, na 402 norte, formando uma paisagem imperdível!

ipê-amarelo

Eu amei todos! Mas um em especial, que floresceu rapidamente no início de setembro, ganhou o meu coração: o ipê-branco. Suas pétalas caiam como flocos de neve e formavam, no chão, tapetes brancos encantadores! Os encontrei em frente o DNIT, mas sei deram espetáculo no mesmo dia na 211 norte!

Ipê branco

Hoje, eu divido com vocês esse tour privilegiado, que poucas pessoas se atrevem a fazer. Afinal, a loucura é apenas para os atrevidos!

Se após ler esse artigo você seguiu alguma das minhas sugestões, não esqueça de postar uma foto e nos marcar: @portallagosul e @laembsb. Vamos amar ver você curtindo essa experiência TÃO brasiliense!