Créditos: IgesDF
Por: Luciane Paz
Atualizado em: 19 junho, 2025
Na tarde de segunda-feira (16), o jardim do Hospital de Base foi cenário de um encontro emocionante. A paciente Maria Helena Fernandes da Silva (71 anos), internada sob os cuidados da equipe de Neurologia, recebeu uma visita para lá de especial: seus cinco netos e o fiel companheiro de quatro patas, o cãozinho Ben, da raça Shih-Tzu.
A ação foi organizada pela equipe multidisciplinar da neurologia, que atendeu ao pedido da família. O momento aconteceu no jardim, espaço externo da unidade, e contou com a presença dos netos Amanda (18 anos), Thales (16 anos), Letícia e Luana (gêmeas de 13 anos), Henrique (11 anos), e, claro, do pequeno Ben, que arrancou sorrisos e emocionou a todos.
O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (IgesDF), que administra o Hospital de Base, preconiza por um tratamento humanizado. Por isso, mais do que um gesto simbólico, a visita integra uma iniciativa voltada à valorização dos vínculos afetivos como parte do cuidado integral ao paciente.
De acordo com a psicóloga Nathalia Siqueira, a família procurou a equipe porque a paciente, com um quadro de afasia, não consegue mais se comunicar verbalmente. “Disseram que ela tem uma ligação muito forte com o cachorro e os netos, então organizamos essa visita especial. A humanização ajuda a resgatar a identidade do paciente, que muitas vezes, durante uma internação prolongada, acaba sendo visto apenas pela doença. Nosso objetivo é lembrar que ele é uma pessoa inteira, com história, afetos e singularidades”, explica.
O reencontro foi marcado por abraços, lágrimas e muito carinho. O cachorrinho da família, que antes estava agitado e latindo para todos, se acalmou assim que viu Maria Helena. “Fiquei muito feliz. Ben é apaixonado por ela, vive no quarto ou na porta, procurando por ela em casa. Foi emocionante estarmos todos juntos. A gente se sente segura e muito feliz por esse momento”, contou a neta Amanda.
“Essa ação tem um valor imenso para nós. A gente ouve muita coisa sobre a saúde pública, mas o que estou vendo aqui é acolhimento e um cuidado muito além do esperado. Acredito que gestos assim colaboram muito para a recuperação do paciente, pois ativam memórias, lembram quem está ao nosso lado. Vejo nisso um impacto real e profundo na melhora da minha mãe.” observa Gerson Fernandes de Andrade, filho da paciente.