Frondoso, no Centro de Ensino Fundamental da Metropolitana, no Núcleo Bandeirante, um exuberante ipê-amarelo vir destaque entre os demais da espécie. Cientificamente chamado de Handroanthus serratifolius, ele é considerada matriz de coleta de sementes da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) e, todos os anos, garante a produção de mudas que ajudam a preservar a beleza da nossa cidade.
Entre os meses de agosto e setembro, a árvore atinge o auge da floração. Em seguida, surgem a vagens com semente, que passam a ser monitoradas pela equipe técnica dos viveiros da companhia. A coleta depende do clima para ser feito e não possui data fixa, mas ao chegar o momento podem ser coletadas até 90 mil sementes em um único ano. Depois do beneficiamento nos viveiros, elas dão origem a mudas que são distribuídas e plantadas em diferentes regiões administrativas do Distrito Federal.
O ipê da Metropolitana, que fica na Rua 1, faz parte de uma rede de árvores matrizes espalhadas pela cidade, que incluem exemplares na Asa Sul, Asa Norte, Sobradinho e próximo ao Viveiro I da Novacap, no Park Way.
Pioneira
O valor desse ipê vai além da função ambiental. Há quase seis décadas, ele foi plantado pela professora Cláutenes Mourão, junto dos primeiros alunos, filhos dos pioneiros que ergueram a nova capital.
Conhecida como grande contadora de histórias e poeta, ela usava o ipê em suas aulas para ensinar, inspirar e sensibilizar. Década depois, a árvore permanece como um dos maiores símbolos da escola, tombada como patrimônio histórico do DF em 1985.






