Jovens do DF avançam no mercado de trabalho e ampliam ganhos

Brasília, quarta-feira, 1 outubro, 2025


Atualizado em: 1 outubro, 2025

Rafic Junior comenta como o CLT pode ser trampolim para liderança e empreendedorismo

A juventude do Distrito Federal está conquistando cada vez mais espaço no mercado de trabalho formal. Dados do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPE-DF), publicados no boletim Juventude e Mercado de Trabalho 2024, mostram crescimento na inserção produtiva e aumento no rendimento médio dos jovens.

Segundo o estudo, a taxa de desemprego entre jovens de 15 a 29 anos caiu, enquanto a participação ativa no mercado subiu para 69,3% em 2024, contra 67,9% em 2023. A formalização também avançou: 81,3% dos jovens ocupados estão no regime CLT ou estagiários/aprendizes, com destaque para o setor privado (51,8%). Entre os mais jovens (18 a 24 anos), o rendimento médio atingiu R$2.483, enquanto a faixa de 25 a 29 anos manteve R$3.201.

Para Rafic Junior, especialista em desenvolvimento profissional, “o jovem brasileiro está entrando cada vez mais cedo no mercado porque percebeu que a vida não espera. O custo de vida sobe, a competitividade aumenta e a estabilidade familiar não é mais garantida como antes”.

Conforme o levantamento, o emprego CLT continua sendo a principal porta de entrada para o mercado de trabalho. “É natural que seja visto como o início, porque oferece rotina, benefícios e, principalmente, disciplina – algo que ainda falta a muitos jovens”, explica Rafic.

Mas ele alerta que ficar apenas na CLT pode limitar o crescimento: “O mercado está mudando numa velocidade brutal, e os jovens que realmente vão se destacar são aqueles que usam esse primeiro passo como base, mas não como destino final. É preciso aprender a pensar como dono, mesmo sendo funcionário, e depois dar o salto para liderar, empreender ou criar algo que gere impacto real. O CLT é escola, não aposentadoria. Quem entender isso cedo vai estar à frente!”

Para o especialista, o cenário reforça uma tendência nacional: os jovens buscam autonomia, experiência e aprendizado contínuo, enxergando o emprego formal como ponto de partida estratégico para trajetórias profissionais mais amplas e transformadoras.