O Teatro Nacional Claudio Santoro foi palco de uma noite de celebração literária, cultural e afetiva com o lançamento do 2º Prêmio Candango de Literatura, realizado na última sexta-feira (9), na Sala Martins Pena. Com a presença de escritores, autoridades e artistas, o evento marcou o início das inscrições para o certame, que seguem abertas até 25 de junho, com R$ 195 mil em prêmios distribuídos entre sete categorias.
Realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Casa de Autores, o Prêmio Candango se consolida como uma das mais relevantes premiações literárias do país, com abrangência internacional voltada aos países da Comunidade Lusófona: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
Realizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec-DF), em parceria com o Instituto Casa de Autores, o Prêmio Candango se consolida como uma das mais relevantes premiações literárias do país | Foto: Divulgação/Secec-DF
A simbologia do evento se reforçou na fala do coordenador geral do prêmio, Maurício Melo Júnior, que destacou o valor da língua portuguesa como expressão poética e identidade cultural. “Este prêmio defende a literatura escrita em português. Queremos homenagear essa linguagem lapidada por Camões, mas, sobretudo, confeccionada com a força dos novos escritores.”
Já o curador da edição de 2025, João Anzanello Carrascoza, vencedor da categoria Melhor Livro de Contos na primeira edição da premiação, apontou a coincidência entre o lançamento do certame acontecer no mês em que se celebra, mundialmente, a língua portuguesa. “É neste mês que lançamos a segunda edição do Prêmio Candango. Todos nós estamos umbilicalmente ligados à nossa língua”, comentou o escritor, que leu ao público o conto Umbilical.
Para a presidente do Instituto Casa de Autores, Iris Borges, o prêmio representa uma ponte entre países irmãos unidos pelo idioma. “Convidamos todos os escritores da comunidade lusófona a participarem desta ode à literatura portuguesa, nossa grande pátria. Como disse Fernando Pessoa: ‘A minha pátria é a língua portuguesa’.”
“Com entusiasmo, estendemos este convite à participação ativa dos países irmãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, não apenas como sinal de presença, mas como gesto de reafirmação do nosso pertencimento a uma comunidade cultural que vai além da geografia. Que esta noite seja apenas o início de um ciclo no qual a palavra nos sirva de mapa, bússola e abrigo”, declarou Paulo César Chagas, secretário-executivo da Secretaria de Relações Internacionais do DF.
A expectativa, como ressaltou Felipe Ramón, subsecretário Subsecretaria do Patrimônio Cultural da Secretaria de Cultura do DF, é de levar a oportunidade a ainda mais pessoas. “Esse prêmio foi sonhado por muita gente. Ele expressa uma vocação que Brasília tem: a de ser símbolo de interlocução entre os diferentes povos amigos da nação brasileira. Na edição passada, tivemos cerca de duas mil inscrições. Este ano, esperamos chegar a três mil produtos literários — três mil projetos que depositam no prêmio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa a esperança de um reconhecimento tão necessário para a literatura em língua portuguesa”.
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