Distrito Criativo é lançado no Museu Nacional - Foto de Marcela Bussolotti

Lançamento no Museu Nacional da República reuniu agentes culturais para apresentar parceria entre Distrito Drag e Secec-DF

Em cerimônia realizada nesta terça-feira (30 de setembro), o auditório do Museu Nacional da República recebeu o lançamento do projeto Distrito Criativo. Resultado de uma parceria entre o coletivo Distrito Drag e a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, por meio de termo de fomento, o projeto prevê, até setembro de 2026, a realização de 29 atividades em 11 cidades do DF. Entre elas estão mostras, apresentações performáticas, de música, humor, saraus, ensaios de carnaval, cursos e oficinas formativas.

Com o selo do Distrito Criativo, serão desenvolvidas 15 iniciativas e 29 atividades, que devem beneficiar 6.380 pessoas direta e 10.380 indiretamente nas regiões de Brazlândia, Ceilândia, Cruzeiro, Gama, Itapoã, Planaltina, Plano Piloto, Riacho Fundo II, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Varjão. Estruturado a partir do respeito à diversidade, da tolerância e do diálogo, o projeto aposta na capacitação profissional, na vivência artística, na preservação do patrimônio material e imaterial e na valorização das mais diversas expressões culturais.

A viabilização do Distrito Criativo é possível graças à união com movimentos populares e artísticos, além da parceria com a Secec e com os deputados distritais Gabriel Magno, Fábio Félix e Max Maciel, que destinaram recursos para a realização do projeto.

Para o Distrito Drag, o projeto foi desenhado para ampliar o acesso à cultura e potencializar o trabalho de agentes culturais. “A importância do Distrito Criativo está em valorizar manifestações artísticas que precisam de mais apoio e visibilidade. Para isso, colocamos como missão deste projeto ter ações descentralizadas em várias regiões administrativas”, afirma Victor Baliane, diretor-geral da iniciativa. De acordo com Ruth Venceremos, uma das diretoras do Distrito Drag, a missão da iniciativa é permear diversos territórios com ações culturais. “Esse projeto é uma demonstração clara do empenho e compromisso do Distrito Drag em contribuir para a democratização do acesso à arte e à cultura no DF”, explica.

Circulação cultural
Entre os destaques da programação estão sete Paradas do Orgulho LGBTQIA+ em Planaltina, Itapoã, Samambaia, Riacho Fundo II, Cruzeiro/Octogonal/Sudoeste, Brazlândia e Recanto das Emas. O calendário também contempla a Marsha Trans BR, prevista para janeiro do próximo ano.

Ceilândia e São Sebastião recebem edições do Sarau Orgulho em Verso, vitrine para manifestações artísticas locais. Em Taguatinga, os ensaios abertos da escola de samba Capela Imperial integram a programação, reforçando a presença da iniciativa no calendário popular da cidade. Também fazem parte da agenda o Comédia Drag, a Mostra de Cultura Ballroom, a Performática Drag, o Prêmio Jorge Laffond e o Sarauvá.

Grupo Tambor Groove integra o Projeto Distrito Criativo – Foto de Marcela Bussolotti

Cursos
Atividades formativas e cursos livres completam a iniciativa. A sede do Distrito Drag, no Setor Comercial Sul, abriga o programa Qualifique-se +, com capacitações em canto, corte e costura, gravação e edição de vídeos com celular, cenografia, maquiagem artística, perucaria, sonorização de eventos e elaboração de projetos para o Fundo de Apoio à Cultura do DF (FAC-DF).

Integram a lista de atividades oficinas de bordado e crochê, além do curso Realidade Brasileira, que aborda cultura e suas dimensões históricas, culturais, sociais, econômicas e políticas. Já os cursos de pintura Metamorfose e de percussão Tambor Groove vão ocupar espaços em escolas da rede pública.