A imersão em banheira de gelo, o alívio da banheira quente, a massagem de liberação miofascial e as botas pneumáticas se tornaram parte essencial da rotina de quem corre

Com a febre das corridas de rua em Brasília e em todo o país, o recovery virou o novo ritual dos corredores que buscam desempenho, bem-estar e longevidade no esporte. Longe de ser apenas uma moda, o método reúne técnicas como banhos de contraste (quente e frio), massagem de liberação miofascial e compressão pneumática, e se consolida como um dos principais aliados na prevenção de lesões e na recuperação muscular pós-prova.

O contraste térmico é uma das etapas mais conhecidas do processo. A banheira de gelo (crioterapia) reduz inflamações, minimiza microlesões e acelera a regeneração das fibras musculares. Já a banheira quente (termoterapia) ativa a circulação, alivia tensões e proporciona relaxamento profundo. Associadas, as duas práticas favorecem a recuperação física e mental, ajudando o corpo a se adaptar ao esforço intenso.

Outro destaque do protocolo é a liberação miofascial, técnica manual ou instrumental que desfaz pontos de tensão e melhora a flexibilidade muscular. “É uma massagem terapêutica voltada à performance. Ela aumenta o fluxo sanguíneo, reduz a rigidez e prepara o corpo para um novo ciclo de treinos”, explica a fisioterapeuta Jaqueline Corrêa, especialista em fisioterapia esportiva.

Completando o processo, entram as botas pneumáticas de compressão, que promovem uma drenagem profunda, estimulam o retorno venoso e auxiliam na eliminação de toxinas — o que ajuda a diminuir dores e o inchaço típicos após provas longas. “O recovery não é um luxo. Ele é parte da estratégia de qualquer atleta que quer evoluir sem lesionar. Recuperar bem é treinar melhor”, acrescenta Luciana Rosa, também fisioterapeuta e sócia da Capital Recovery, clínica que há mais de oito anos se consolida como referência no Distrito Federal com unidades na Asa Sul e em Águas Claras.