Segurança privada no Brasil cresce e já conta com cerca de 571 mil profissionais, superando efetivos das Polícias Militar e Civil

Brasília, quarta-feira, 3 dezembro, 2025

Fonte: Brasfort

Atualizado em: 3 dezembro, 2025

Mercado tem ainda 200 mil vigilantes aptos em espera e participação feminina aumenta

O número de vigilantes no Brasil cresceu 10% em apenas cinco meses, segundo dados da Polícia Federal, compilados pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Com cerca de 571 mil profissionais, a segurança privada já supera o efetivo das polícias Militar e Civil juntas. Desse total, 546.433 trabalhadores estão empregados em empresas de segurança privada. Esse movimento vai além de um reflexo da sensação de insegurança e indica uma maturidade do mercado, que tem sido acompanhada por mudanças no perfil profissional e mostra que o setor tem capacidade de expansão.

Não por acaso, a participação feminina também aumentou, representando 15% do total de vigilantes em atividade, de acordo com dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Além disso, o levantamento aponta ainda que existem cerca de 200 mil trabalhadores aptos a exercer a profissão.

Mercado em expansão

Para especialistas, esse crescimento é impulsionado por uma demanda cada vez mais técnica e integrada. Empresas, condomínios e instituições buscam soluções completas que unam presença física, gestão de riscos e uso de tecnologia, deixando de ver a segurança como custo operacional e passando a tratá-la como investimento estratégico.

“Organizações e gestores começaram a compreender que a segurança profissional vai além da figura do vigilante armado, incluindo gestão de riscos, protocolos preventivos e integração com tecnologia. Esse olhar mais estratégico e técnico explica parte do crescimento acelerado do setor”, explica Glenda Negreiros, Executiva de Inovação e Qualidade da Brasfort.

Desse modo, o risco de priorizar quantidade em detrimento do rigor técnico é real e exige atenção constante. A padronização de treinamentos, a atualização profissional e a adoção de protocolos éticos são fundamentais para que o setor não perca credibilidade diante da sociedade.

Qualificação e ética como pilares da expansão

A integração entre segurança física e eletrônica é outro pilar dessa modernização que leva à expansão. Profissionais são capacitados para atuar em conjunto com sistemas de Circuito Fechado de Televisão (CFTV), alarmes e controle de acesso, formando uma rede de proteção mais inteligente e eficiente. Essa sinergia permite respostas mais rápidas e precisas a eventuais ameaças.

Por isso, a relação entre segurança pública e privada deve ser complementar, com cooperação e troca de informações que beneficiem toda a sociedade. “Enquanto o Estado atua de forma ampla, a iniciativa privada atende demandas específicas de segmentos como hospitais, shoppings e indústrias. O avanço está na integração e na colaboração entre os dois campos”, afirma Negreiros.

Entretanto, a expansão sem critérios pode comprometer a credibilidade do setor, exigindo atenção constante à formação continuada, atualização profissional e práticas éticas. “O equilíbrio entre expansão e responsabilidade é essencial. A padronização de treinamentos e o compromisso ético são diferenciais que consolidam a confiança da sociedade na segurança privada”, complementa Glenda Negreiros.

Evolução e desafios

O perfil do vigilante também evoluiu. Hoje, são exigidas habilidades que vão muito além da vigilância tradicional, como técnicas de mediação de conflitos, capacidade analítica para identificar riscos e domínio de ferramentas tecnológicas. Competências comportamentais, incluindo empatia e comunicação, são igualmente valorizadas, especialmente em locais com grande circulação de pessoas.

Vale ainda ressaltar que o avanço da Inteligência Artificial (IA) e da automação não substitui o profissional, mas potencializa sua atuação. A tecnologia processa dados em tempo real, à medida que o vigilante aporta julgamento humano, adaptabilidade e capacidade de decisão em cenários imprevistos. Por fim, o futuro aponta para um agente de segurança que seja capaz de, dentre os desafios, se tornar cada vez mais estratégico e apoiado por ferramentas digitais.

Saiba mais sobre a Brasfort

A Brasfort é um grupo brasileiro com atuação em facilities, segurança, segurança eletrônica, manutenção e demais serviços especializados, integrando tecnologia e processos para elevar a eficiência operacional, proteção de pessoas e patrimônios e transparência na gestão. Com presença multissetorial, a empresa está alinhada com as práticas ESG e entrega de resultados mensuráveis. Foi fundada em 1987, em Brasília, e conta com uma cartela extensa de clientes, seja na iniciativa pública ou privada. Emprega 7 mil funcionários no Distrito Federal e em outras Unidades da Federação, além de ser pioneira em seu segmento, ao implementar, em 2014, um programa de política de integridade, que estabelece princípios, diretrizes e funções de compliance em todos os níveis. Acesse o site e o perfil da Brasfort no Instagram @brasfortoficial.